segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Primeiro Filme escrito - "A Trajetória de uma Vida"

SEGUNDA PARTE

Era Sábado e tinha uma festa na casa da Soraia, achou que era aniversário de sua irmã e eu estava numa casa bem na frente da dela olhando a movimentação, e percebi que o nego u8m cachorro grande preto que era de um vizinho o Hector, o bicho passava na minha frente da forma mais tranqüila ia e voltava e numa dessas idas e voltas decidi fazer um carinho ao cachorro e foi quando ele me avanço0 e me mordeu bem no rosto e me arrastou uns metros de onde eu estava o pessoal da festa percebeu o fato e saiu na minha defesa, fui lavado ao Pronto Socorro com varias mordeduras também na mão. Naquele dia meu pai estava de plantão numa viatura, e passo por casa para ver se tudo estava em ordem como ele sempre fazia foi quando ele me viu com todos esses gases no rosto e a minha mãe contou o do acontecido comigo, ai que o bicho pegou, meu pai foi tirar uma satisfação com o dono do cão bateu a porta e saiu o dono, ele alegava que o cão tinha fugido, e meu pai diz que agora não ia a fugir mais e que ele ia a dar um jeito nisso invadiu a casa do Heitor e quando viu o cão deu-lhe um tiro com, o revolver que ele carregava para o serviço, naquela noite deu maior rolo no bairro.
 O fato de eu estar cheio de faixas não me impedia de continuar mais arteiro ainda, só tinha um problema que as meninas do bairro não queriam me cumprimentar com um beijo com sempre se fazia de medo que eu passa-se a raiva, ate elas entenderem passo muito tempo e não foi fácil.
Acabaram as ferias de meio do ano e voltamos ao colégio eu estudava num colégio de filhos de policiais e tínhamos um uniforme militar: calça e blazer azul marinho, camisa branca e gravata preta além das parafernálias de botões dourados e insígnias, foi um o encontro coma turma do colégio, tinha o professor Flores, ele tinha um jegue que sempre amarrava o mesmo por traz do colégio mais o homem era ruim mesmo para ganhar nota com ele jamais, um dia decidimos com meu colega Luis Ferro de roubar o jegue do professor Flores, ai eu sai na frente como sempre, pegue o jegue e sai correndo nele pendurado no pescoço e quase caindo por que não sabia montar o desgraçado, logo ele parou , desci e amarrei o danado quase u8mas dez quarteirões da escola. Voltei ao colégio e fiz como se nada tivesse acontecido, já na hora da saída quando o professor deu falta de seu bicho mimado ficou louco, procurou por todos lados e não achava, El o encontrou dois dias depois do desaparecimento, uma semana depois descobriu que eu tinha pego o jegue e por causa de uma testemunha, um padeiro aviso que um menino com uniforme azul tinha deixado o animal amarado, deu mais ou menos a descrição e imaginem o professor  a quem culpou? Lógico que a mim, tudo era eu, naquela época me surro com uma ripa grossa e pobre de mim se eu conta-se a meu pai apanhava de novo, antigamente era assim mesmo, foi quando decidi de fazer artes,é agora que vou parar, uma porque as minhas notas estavam muito baixas e o fim de anos estava perto e teria que tomar ações imediatas claro que estudar era a última opção, tinha que descobrir  a forma mais radical que era a famosa cola, só que teria um inconveniente os professores não eram tão bobos assim os caras eram raposas velhas, pensando uma forma de colar sem ser percebido não era tarefa fácil, uma semana depois um amigo que fazia um curso técnico me mostrou um trabalho dele numa folha chamada folha invisível muito usada por arquitetos a e engenheiros era uma fola de plástico fosca sem brilho que se usava com tinta nanquim, e foi nesse exato memento que se me ascendeu a idéia de usar esse matérias para a cola nas seguintes provas do colégio. Um dia anterior a prova eu preparava exaustivamente a prova, alias a cola a ser usada, testava o brilho perante a luz que esse seria meu problema, no dia seguinte o da prova tava meio nervoso, o professor da matéria nos passo a prova já na mesma hora coloquei a folha invisível com a cola escrita, e se deu inicio a prova, tínhamos cinqüenta minutos para resolver as perguntas, o professor passava péla minha carteira e nada de perceber da cola o único que ele via era muitas escritas que ele acreditava fossem feitas ai na hora o plástico fosco não dava brilho que o fazia invisível, imaginem quem acabou primeiro a prova, e a segunda nota mais alta foi a minha, o professor na desconfiança uns dias mais tarde me chamou e me perguntou : Rapaz você colou?, Eu falei que, que isso professor estudei a noite toda, o senhor viu que escrevi a prova todas na sua frente, e foi assim que passaram os anos e as matérias que para mim eram dificultosas eu as colava com meu novo método de cola, olha pode ser ate parecer safadeza mais que evolui a cola, evolui! No último ano da escola dia da clausura do ano escolar três professores me chamaram e me disseram que me felicitavam pelo fato de concluir meus estudos no segundo grau mais eles não acreditavam que eu tivesse concluído de forma correta, como não existia nenhuma prova e sim especulações, eu falei da injustiça contra mim, um deles me falou que não me acusavam de nada e sim que queriam saber como que eu tirava altas notas nas provas, que eu estava encaminhado para a faculdade e não tinha de que me preocupar. Foi ai que me decidi contar a nova tecnologia, os professores ficaram atônitos e disseram que não tinham nada contra, que a partir desse diaiam a ter mais cuidado com os que ainda faltam concluir o colégio, recebi alguns conselhos para meu ingresso a universidade e ficamos muito amigos.
Já no bairro todos os que tinham concluído o colégio celebrávamos o fato e os que reprovaram ficavam na tristeza alguns amigos me falavam de como eu tinha passado com notas altas eu falava que não era como eles me achavam.
Nessa época estavam de moda os cabelos cumpridos, calças bem largas e sapatos com plataforma para homens, todos os rapazes da minha idade eram cabeludos e eu não era diferente, tinha filme de Rock Woodstock todo mundo falava disso, da guerra do Vietnam, dos governos militares, do toque de saída, enfrentamentos de militares contra o povo, era uma confusão traz outra, a juventude se revoltava contra tudo e suas vestes totalmente diferentes em relação ao estabelecido pela sociedade da época com toda essa moda veio o uso de uma erva estranha de nome maconha era a novidade entre os jovens, na turma apareceu um rapaz de outro bairro de classe media, oferecendo entra em outro mundo fumando essa tal de maconha, fomos à casa do rapaz para provar essa erva daninha, experimentamos
Dos cinco amigos mais o rapaz que nos convidou e fomos a fumar, minha nossa peguei baita de uma dor de cabeça assim como mais dois amigos ficaram igual a mim, os outros davam risadas e nos perguntávamos por que eles não tinham nossas dores, bom! Nunca mais, essa foi a primeira e última vez que provamos a maconha e partimos ao consumo da adorada cervejinha que não incomodava tanto assim.
Fomos crescendo e percebendo que já não colava mais nosso estilo de vida, aqueles cabelos longos que mais pareciam depósitos de piolhos,  nos juntamos os quatro amigos e decidimos mudar o visual cortar os cabelos e usar roupas mais comportadas, assim também como pensar em fazer uma faculdade.
Lembro-me que meus pais ficaram estranhados com as mudanças acontecidas, virar rapazes comportados e ainda querendo fazer faculdade era quase impossível  tínhamos um grande problema em nos prepara para faculdade se ter dinheiro mesmo nos, nos reunindo precisávamos de uma assessoria, e a solução foi o Manhuco namorar uma professora da faculdade que era solteirona e gostava de rapazes novos e dessa forma  a vovô nos dava aulas gratuitas aos quatro, claro que depois nos pagamos em moeda carinhosa, foram dez messes de preparação e ter que aturar a velha, Prontos para a prova do vestibular que dito seja de passo era muito concorrido duas provas em dois domingos, e decidimos os sábados antes da prova tomávamos aquele porre pra ir de amanhecida e travados as provas do vestibular para assim acalmar os nervos uma ressaca do caralho e curioso que a gente não lembrava nada do dia anterior e sim dos dias antes, foi de arrepiar os pentelhos, mais uma semana após saiam os resultados, imaginem a tensão em que estávamos para saber o resultado. Chego o dia X fomos a universidade a ver os resultados veio a decepção os quatro tínhamos passado o vestibular já pensou voltar a aulas, nada ficamos muito felizes Manhuco passo em Arquitetura, o Carlos passo em Administração, o Walter passo em Direito, eu passei em Engenharia Civil, imagina quando o bairro todo descobriu a nossa proeza,era impossível de acreditar aqueles imprestáveis que toda vida incomodaram, aprontaram tinham, conseguido entrar na universidade, ainda numa nacional que são tão disputadas a vizinhança inventava cada coisa que tínhamos pagado para entrar se ouvia qualquer e todos os tipos de comentários que se possam imaginar, uma também porque muitas dessas vizinhas que nos criticavam tinham filhos e filhas que fizeram o vestibular e não foram aprovados ai a dor delas era grande demais.
No meu casso foi um pouco sofrido estudara faculdade, uma porque engenharia civil é uma profissão muito cara (a faculdade era gratuita), mais na época os livros eram muito caros e os equipamentos nem falar não se tinha computadores eles existiam só em filmes americanos e no pentágono! A gente usava canetas Nanquins e eram muito caros fora outros equipamentos, foi ai que negociei com o Reitor da universidade para eu ganhar os equipamentos e os livros (Edição universitária), a troca de eu lavar os banheiros do bloco de Engenharia da cidade universitária a edição universitária eram livros, quase parecido a uma apostilha de material muito inferior aos originais mais com o mesmo conteúdo e foi assim que eu consegui levar meu curso, já tinha saído de casa e mora num apartamento  da cidade universitária que dividia com outro colega. Um pouco que me distancie de meu amigo do bairro mais sempre nos falávamos, Carlos foi a morar num condomínio de edifícios o Manhuco foi a outro bairro bem  de classe alta só ficou eu e Walter, eu me dedicava a meu curso e os fins de semana voltava ao bairro a visitar a família era domingo de verão um calor de rachar, e o Manhuco apareceu para me visitar e me convidar a ir a casa de um filinho de papai amigo dele do novo bairro que ele foi morar, era para ir a um balneário ao sul da cidade, eu queria ir mais explique que tinha uma prova na segunda feira e que não poderia ir, ele ficou meio triste porque nos éramos como irmãos, conversamos um pouco e depois nos despedimos e combinamos nos encontrar na semana seguinte. Continue a minha rotina e foi uma terça feira, que me a minha mãe me ligou de urgência e cidade universitária para que fosse a casa, fiquei tão preocupado pela mensagem e quando cheguei estava a Patti irmã do meu amigo Manhuco, a me comunico  sobre o domingo que o Manhuco foi a casa de praia de um vizinho deles e era pra voltar na terça feira mais havia acontecido  um acidente gravíssimo com Manhuco me dizendo que ele entrou no Mar que estava muito agitado e depois ter sumido dentro das ondas enormes aquele,e ela veio a me levara casa dela que sua queria me ver e me comunicar esse fato pela grande amizade que eu tinha com ele, fui a casa me encontrei com sua mãe totalmente inconsolável me dizendo que se ele me tive-se ouvido jamais houve-se acontecido nada. Realizaram-se as buscas durante quinze dias e jamais foi encontrado o corpo e isso é a parte mais difícil da família quando não aparece o corpo do ente querido, eu fiquei chocado de ter perdido um amigo que virou um irmão para mim...

Meus caros por hoje é isso, na próxima terça feira nos encontramos de novo onde você terá a continuação da nossa historia, compartilhe com seus amigos, colegas e familiares, vou esperar vocês nesta mesma data e neste mesmo Blog.
Até a próxima
Geem.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Primeiro Filme Escrito - "A Trajetória de uma Vida"

Por Favor, a todos os leitores, solicito me ajudem a melhorar a imagem do Blog, a fim de ficar mais atraente a seu olhar, e assim atenderemos os mais interessados nessa leitura.
E não se esqueçam de dar uma opinião, que sempre é saudável a crítica construtiva.
Muitos abraços.
Geem.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Primeiro Filme Escrito - "A Trajetória de uma Vida"

Prezados leitores vocês devem de estar se perguntando, de que se trata isso?, Mais é uma historia real de uma trajetória de um menino de 10 anos que esta atravessando parte dessa vida conturbada da qual nem você escapa dessa realidade. Este é o primeiro filme escrito que você alem de ver vai ler, ele vem composto de varias partes as quais você vai desfrutar a cada semana (Todas as Terças Feiras) com a finalidade de você mesmo ir repassando a seus amigos (as), colegas e quem você quiser para que tenham a mesma oportunidade de poder acompanhar a esta história real espero que se divirtam, identifiquem e participem com seus comentários.
Alguns nomes foram mudados em respeito a pessoas que fizeram parte dessa trajetória.

PRIMEIRA PARTE

E tudo començou assim:

Era no ano de 1967 na cidade de Lima - Perú, num bairro muito populoso da cidade, meu pai era policial e minha mãe trabalhava numa loja de departamento do exercito, éramos 04 irmãos, minha irmã mais velha "Violet", meu irmão "Tavo" eu "Chilo" e a minha irmã caçula " Frida".
Minha vida era muito agitada como a de qualquer garoto da minha idade ia ao colégio a brincar e saia em direção de casa também a brincar o estudo era uma consequência para não apanhar em casa ficava sempre com meus amigos inseparáveis: "Mañuco", "Carlos" e "Walter", todos oscilando na mesma idade, adoramos curtir de tudo nós mesmos criamos nossos próprios brinquedos que eram de diferentes tipos atendendo as necessidades mais absurdas ate inclusive considerávamos as épocas do ano, por exemplo, em verão brincávamos de "canga" que era feito de pedaços de cabo de vassoura: um do tamanho do cotovelo ate o pulso e outro do tamanho do dedo mindinho até o pulso, e peça mais pequena era seccionado um pedaço em forma de "L" a fim de que fica-se uma parte apoiada e oura no ar e poder ser batida, (imagem 1) essas eram as medidas oficiais do brinquedo, esse jogo continha suas regras as quais vou detalhar posteriormente; geralmente esse jogo era realizado em dias de calor (verão), a gente saia de bermuda nova bem limpinha e voltava tudo sujo e rasgado, era normal destruir as roupas, o bom que a pele já ficava grossa de tanto apanhar, a gente sempre carregava uma seringa pequena para esguichar água nos olhos e a mãe olhava a gente chorando, era um truque dos bons sempre dava certo e não e não apanhava ou me colocava de castigo acompanhando a minha avô assistir suas radio novelas esse sim era baita de um castigo; já em inverno a gente mudava de tática colocava 3 cuecas 2 calças para agüentar o chicote de 3 pontas com um nozinho na ponta, aquele si que doía muito, mais a gente sempre dava um jeitinho. Como dizia anteriormente também em inverno tínhamos outros brinquedos criados a necessidade própria, precisávamos demarcar território então subíamos por um buraco do prédio ate a cobertura ai podíamos enxergar do alto parte da cidade e também para recolher a matéria prima para o a brincadeira, íamos ate as antenas que os vizinhos tinham e cortávamos os cabos a fim de utilizar os tubos de pvc que se usavam para proteger os fios de antena, e saiamos correndo a uma velocidade para a vizinhança não perceber e tomar conhecimento que éramos nos; feito isto nos reuníamos no térreo e programar a montagem dos brinquedos, Manhuco era o encarregado de conseguir uma serra de corte, Carlos era o encarregado de palitos de sorvete e linhas, Walter conseguia a fita isolante, e eu conseguia papel de folhas de cadernos antigos e os alfinete da mãe que vivia reclamando do sumiço dos mesmos; bom a idéia era fazer cervatanas do tipos de índio mais com 60 cm de cumprimentos e nos colocávamos a tecnologia uma mira de alta precisão (bom não era tão alta assim mais ajudava) (imagem 2), o intuito era atingir as bondudas do bairro que não ligavam pra nos, os cachorros, das velhas que quando jogávamos um futebolzinho e quebrava as janelas das velhas elas devolviam a bola cortada e quem pagava o pato eram seus cachorros e gatos (crianças por favor não façam isso, hoje em dia eu adoro animais de qualquer tipo) fazíamos um canudinho enrolado de papel de caderno porque a folha é mais resistente e na ponta colocávamos os alfinetes introduzíamos na cervatana e dele te atirar na bunda das meninas do bairro e de outras malfeitoras que passavam por ai, e ninguém percebia nada dos atiradores de elite. Tinha uma negona que pelo tamanho da bunda fazia suas necessidades numa caixa de água, um dia ela passou e me encontrou invocado e com a torcida de meu lado gritando "tira, tira tiro" eu preparei o meu primeiro dardo, coloquei na cervatana, apontei, e soprei com tanta força que atingi meu objetivo, glúteo esquerdo ainda não sei se o alfinete entortou por causa do couro do bundão da negona, mais o pior aconteceu ela foi muito rápida deu um giro e me pegou com a cervatana dentro da boca, prova incontéstavel do crime, ela subiu no terceiro andar onde a gente tinha o quartel geral (QG), olho pra mim e eu com o corpo do Benito, perdão o corpo do delito nas mãos, caminho na mira direção e bem pertinho de mim me falou de uma forma muito fria: Não vou dar as queixas a tuas mãe, por ela ser uma mulher muito correta, mais vou te dar algo que vc nunca mais vai esquecer ai eu pensei será que ela vai dar pra mim, estou tão gostoso? Imagina com 11 anos a negona + - uns 28 anos com uns 120 quilos é hoje! E ela me deu mesmo algo que nunca mais esqueci uma TAPA, já coloquei com maiúscula para você saber que até agora estou com aquele zumbido que não consigo esquecer, a negona tinha um bundão, imagina o tamanho da mão, quando fui ao cabeleireiro pedi para me aparar o cabelo só de um lado por que o outro foi aparado no tapa.
Os dias foram passando a fim de esquecer aquela amassadora de crianças, na realidade ela não entrendeu a brincadeira, mais eu entendi os resultados, pensativos comentando entre-nos qual era o próximo passo a seguir, decidimos fazer uma reunião em qualidade de urgência, e tomamos a decisão de ir ao cinema bem na frente ao parque um dos mais bonitos do bairro, não por a grama porque nem grama tinha era só terra, mais quando jogávamos bola o guardinha do parque molhava tudo, ai que ficávamos felizes de jogar mais e saímos todos cheios de barro; bom quando fomos ao cinema tinha um problema era o ingresso, só Manhuco tinha ingresso, ele era o cara da grana da turma, e agora! Decidimos ir na janelinha de venda compramos um ingresso e tinha uma escada longa até a entrada a sala de projeção subimos os 4 na hora que Manhuco deu o ingresso nos saímos em direção a sala a uma velocidade que nem Fittipaldi não pegava na escuridão da sala e nos deitados no chão não tinha como nos pegar, esperávamos o Manhuco entrar e ver onde se sentava claro que ele sabia que tinha que ir no centro da sala, ai ficava mos assistindo de graça o filme; se mais não me lembro era um filme de Tarzan contra os cinqüenta gorilas, na verdade eu vi só um, mais já dava para curtir o domingo.
Depois aprendemos a não comprar o bilhete de ingresso e negociávamos o valor com o lanterninha, dávamos o valor de um ingresso e entrávamos os 4, baita de um negocio. Durante vários meses vivi com meus amigos aprontando, éramos a turma do barulho mesmo, se acontecia um vidro quebrado da vizinha éramos nos, se alguém tinha sido atropelado era alguém de nos, se tinha sumido um cachorro, gato ou animalzinho de estimação éramos nos, qualquer coisa que acontecer sempre éramos nos, a fama cresceu por vários bairros. No Ano novo de 1968 já eramos homens quase adultos (Imaginem 10 anos), e precisamos agir como tal; esse 31 de Dezembro de virado para 01 de Janeiro de 1969, decidimos juntar as nossas mesadas de ano novo (só anos novo a gente recebia mesada) e ir a boca, na zona, na ZBM (zona de baixo meretrício) ouvimos aos adultos falarem sempre de lá, da mulherada, e as meninas de nossa idade não queriam dar pra nos, mesmo que por muitas vezes quando elas passavam pelo barrio a turma toda baixava as calças para mostrar cada um seu equipamento, nem assim as mocinhas se interessaram então decidimos ir a ZBM, eram já as 21:45 dava tempo de dar umas no local, quando chegamos ficamos surpresosde tanta gente passeando por ai parecia o calçadão do centro da cidade, e tinha muitos quartos em varios corredores do local e em cada porta aberta tinha uma "gatinha" eu me sentia que nem "Goku" dos desenhos animados atuais "Dragon Balls". Só tinha cada dragão que nem São Jorge iria a dar conta, mais já estamos ai e tínhamos ido a molhar o sucrilho, Walter me falou que eu negociara a primeira vitima inocente mulher, eu fui com Carlos entramos e vimos em cada porta uma mais pelada que a outra, nesse momento todas eram bonitonas a luz vermelha quase na escuridão qualquer prótese era aquele pernão e fuimos repetindo o que tudo mundo falava por ai : "Quanto", e a mulherada nos olhava e perguntava se tínhamos trazido nossa bóia, porque perigava nos, nos afogar e eu replicava que ainda ela não tinha visto nosso martelete e tínhamos que ganhar alguma moral, né ate que encontramos uma que ninguém pegava e caímos nessa foi quando ela nos comentou que era virgem, minha nossa essa era a nossa chance de sair do anonimato se mais não me lembro ela cobrava uns $60.00 da moeda existente na época e nos tínha juntado só $42.30 e ela diz que só por que era Ano Novo nos fazia um desconto, ai foi que saimos correndo para avisar ao resto da turma, e contámos que se tratava de uma virgem igualzinha a aquela tal de Marilym Monr... Sei lá que mais, entramos todos preparando para o primeiro ataque chegamos ao quarto 72 havia muito agito umas mulheres gritando papel, água, para o 58 era de loucura o movimento, para dar uma de final de ano, bom nos fomos ate o 72 onde estava aquela virgem e quando ela nos viu perguntou surpresa: são vocês 4 , eu respondi que sim ela diz que não dava que era pouco, que ela pensava que éramos só 2 tivemos que deixar como parte de pagamento nossos bonés. Entramos no quarto apertado e ela falou tirem as roupas ela já estava de calcinha e sutiã ficamos todos pelados e fomos para o primeiro round da luta me lembro que ela gritava ai, ai, ta doendo, agora penso será que alguém mordeu ela porque outra coisa não poderia causar dor aquela matrona velha que dizia ser virgem, as vezes ela falava que éramos mesmo uns avantajados, e acredite ate nos acreditamos nela, não deu nem vinte minutos e nos colocou fora, já chega porque éramos fenômenos demais, imagina e nos saímos felizes andando pela rua e comentando o fato de que tínhamos tirado a virgindade dela, no bairro foi o comentário do mês, essa foi nossa primeira relação sexual oficial sem registro em cartório. caminhávamos enturmados pelo bairro e tudo nos olhava ai estão os comedores os que não respeitavam virgindade nenhuma nem as da ZBM,olha foi uma fama danada. Passarão os anos assistindo ao vivo as mudanças sociais na época, governos militares, os hippies com tudo seu colorido, o nascimento das bandas de rock and roll originais do momento, já se comentava das preparaçõespara copa do mundial do México'70, se falava muito sobre a Guerra do Vietnam, me lembro que iniciavam a recrutar gente para ir a guerra do Vietnam muitas pessoas do bairro foram a embaixada americana para se inscrever ao exercito americano, os gringos precisavam de carne de canhão, não queriam enviar seus filinhos e davam a chance aos latinos oferecendo naturalidade para quem quizer ir a batalha a defender as cores da gringolandia, nem precisava falar o idioma, nem atirar. La te dava o teu armamento, e depois você se virava em cavoucar um buraco e se esconder ate a guerra acabar, claro que outros tomaram a serio e acabaram morrendo como carne de canhão, eu tenho um primo que foi a lutar na guerra; depois de muitos anos finalizada a guerra ele voltou a casa como tenente da marinha americana, heroi de guerra, hoje já deve ser Marechal, faz tanto tempo!. Foi ai no futebol que comencei a me interessar sob o Brasil. Antes só você conhecia tua terra como a única existente no mundo é o que educação local tenta te colocar no cérebro que ai é o maximo mesmo te fudendo.
Vida dura, os anos passavam e minha família começou a crescer acredito que meu pai não tinha noção nenhuma do que seria a camisinha e veio após de sete anos um filho traz de outro ate virar em 12 irmãos, uma vez perguntei a meu pai porque ele não parava de fazer tantos filhos mais ficou uma fera, eu na minha inocência achei que estava correto, mais quando os outros obtém o poder, não da em nada, um de meus irmão faleceu com uma broncopneumonia fulminante foi muito duro não se tinha muitas opções médicas e ficamos em 11 irmãos, os quais nos desenvolvíamos do jeito que for possível. Minha turma começou a ficar cada vez mais distante, a gente tinha que cuidar dos menores ajudar a mãe a cozinhar, lavar , passar, e cuidar dos péquenos, comecei a não ter mais tempo para sair, me dedicava ao colégio e a casa. Chegou o mundial de futebol mais esperado a grande novidade o time da minha terra tinha eliminado a Argentina, imagina como estava o país foram dias de muita gloria.
Meus caros amigos por hoje é isso, na proxima terça feira você terá a continuação desta historia, compartilhe com seus amigos, colegas e familiares vou estar esperando você neste mesmo horario e neste mesmo Blog.
Até a próxima
Geem.

Uma Grande História