quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Primeiro Filme Escrito - "A Trajetória de uma Vida"

Prezados leitores vocês devem de estar se perguntando, de que se trata isso?, Mais é uma historia real de uma trajetória de um menino de 10 anos que esta atravessando parte dessa vida conturbada da qual nem você escapa dessa realidade. Este é o primeiro filme escrito que você alem de ver vai ler, ele vem composto de varias partes as quais você vai desfrutar a cada semana (Todas as Terças Feiras) com a finalidade de você mesmo ir repassando a seus amigos (as), colegas e quem você quiser para que tenham a mesma oportunidade de poder acompanhar a esta história real espero que se divirtam, identifiquem e participem com seus comentários.
Alguns nomes foram mudados em respeito a pessoas que fizeram parte dessa trajetória.

PRIMEIRA PARTE

E tudo començou assim:

Era no ano de 1967 na cidade de Lima - Perú, num bairro muito populoso da cidade, meu pai era policial e minha mãe trabalhava numa loja de departamento do exercito, éramos 04 irmãos, minha irmã mais velha "Violet", meu irmão "Tavo" eu "Chilo" e a minha irmã caçula " Frida".
Minha vida era muito agitada como a de qualquer garoto da minha idade ia ao colégio a brincar e saia em direção de casa também a brincar o estudo era uma consequência para não apanhar em casa ficava sempre com meus amigos inseparáveis: "Mañuco", "Carlos" e "Walter", todos oscilando na mesma idade, adoramos curtir de tudo nós mesmos criamos nossos próprios brinquedos que eram de diferentes tipos atendendo as necessidades mais absurdas ate inclusive considerávamos as épocas do ano, por exemplo, em verão brincávamos de "canga" que era feito de pedaços de cabo de vassoura: um do tamanho do cotovelo ate o pulso e outro do tamanho do dedo mindinho até o pulso, e peça mais pequena era seccionado um pedaço em forma de "L" a fim de que fica-se uma parte apoiada e oura no ar e poder ser batida, (imagem 1) essas eram as medidas oficiais do brinquedo, esse jogo continha suas regras as quais vou detalhar posteriormente; geralmente esse jogo era realizado em dias de calor (verão), a gente saia de bermuda nova bem limpinha e voltava tudo sujo e rasgado, era normal destruir as roupas, o bom que a pele já ficava grossa de tanto apanhar, a gente sempre carregava uma seringa pequena para esguichar água nos olhos e a mãe olhava a gente chorando, era um truque dos bons sempre dava certo e não e não apanhava ou me colocava de castigo acompanhando a minha avô assistir suas radio novelas esse sim era baita de um castigo; já em inverno a gente mudava de tática colocava 3 cuecas 2 calças para agüentar o chicote de 3 pontas com um nozinho na ponta, aquele si que doía muito, mais a gente sempre dava um jeitinho. Como dizia anteriormente também em inverno tínhamos outros brinquedos criados a necessidade própria, precisávamos demarcar território então subíamos por um buraco do prédio ate a cobertura ai podíamos enxergar do alto parte da cidade e também para recolher a matéria prima para o a brincadeira, íamos ate as antenas que os vizinhos tinham e cortávamos os cabos a fim de utilizar os tubos de pvc que se usavam para proteger os fios de antena, e saiamos correndo a uma velocidade para a vizinhança não perceber e tomar conhecimento que éramos nos; feito isto nos reuníamos no térreo e programar a montagem dos brinquedos, Manhuco era o encarregado de conseguir uma serra de corte, Carlos era o encarregado de palitos de sorvete e linhas, Walter conseguia a fita isolante, e eu conseguia papel de folhas de cadernos antigos e os alfinete da mãe que vivia reclamando do sumiço dos mesmos; bom a idéia era fazer cervatanas do tipos de índio mais com 60 cm de cumprimentos e nos colocávamos a tecnologia uma mira de alta precisão (bom não era tão alta assim mais ajudava) (imagem 2), o intuito era atingir as bondudas do bairro que não ligavam pra nos, os cachorros, das velhas que quando jogávamos um futebolzinho e quebrava as janelas das velhas elas devolviam a bola cortada e quem pagava o pato eram seus cachorros e gatos (crianças por favor não façam isso, hoje em dia eu adoro animais de qualquer tipo) fazíamos um canudinho enrolado de papel de caderno porque a folha é mais resistente e na ponta colocávamos os alfinetes introduzíamos na cervatana e dele te atirar na bunda das meninas do bairro e de outras malfeitoras que passavam por ai, e ninguém percebia nada dos atiradores de elite. Tinha uma negona que pelo tamanho da bunda fazia suas necessidades numa caixa de água, um dia ela passou e me encontrou invocado e com a torcida de meu lado gritando "tira, tira tiro" eu preparei o meu primeiro dardo, coloquei na cervatana, apontei, e soprei com tanta força que atingi meu objetivo, glúteo esquerdo ainda não sei se o alfinete entortou por causa do couro do bundão da negona, mais o pior aconteceu ela foi muito rápida deu um giro e me pegou com a cervatana dentro da boca, prova incontéstavel do crime, ela subiu no terceiro andar onde a gente tinha o quartel geral (QG), olho pra mim e eu com o corpo do Benito, perdão o corpo do delito nas mãos, caminho na mira direção e bem pertinho de mim me falou de uma forma muito fria: Não vou dar as queixas a tuas mãe, por ela ser uma mulher muito correta, mais vou te dar algo que vc nunca mais vai esquecer ai eu pensei será que ela vai dar pra mim, estou tão gostoso? Imagina com 11 anos a negona + - uns 28 anos com uns 120 quilos é hoje! E ela me deu mesmo algo que nunca mais esqueci uma TAPA, já coloquei com maiúscula para você saber que até agora estou com aquele zumbido que não consigo esquecer, a negona tinha um bundão, imagina o tamanho da mão, quando fui ao cabeleireiro pedi para me aparar o cabelo só de um lado por que o outro foi aparado no tapa.
Os dias foram passando a fim de esquecer aquela amassadora de crianças, na realidade ela não entrendeu a brincadeira, mais eu entendi os resultados, pensativos comentando entre-nos qual era o próximo passo a seguir, decidimos fazer uma reunião em qualidade de urgência, e tomamos a decisão de ir ao cinema bem na frente ao parque um dos mais bonitos do bairro, não por a grama porque nem grama tinha era só terra, mais quando jogávamos bola o guardinha do parque molhava tudo, ai que ficávamos felizes de jogar mais e saímos todos cheios de barro; bom quando fomos ao cinema tinha um problema era o ingresso, só Manhuco tinha ingresso, ele era o cara da grana da turma, e agora! Decidimos ir na janelinha de venda compramos um ingresso e tinha uma escada longa até a entrada a sala de projeção subimos os 4 na hora que Manhuco deu o ingresso nos saímos em direção a sala a uma velocidade que nem Fittipaldi não pegava na escuridão da sala e nos deitados no chão não tinha como nos pegar, esperávamos o Manhuco entrar e ver onde se sentava claro que ele sabia que tinha que ir no centro da sala, ai ficava mos assistindo de graça o filme; se mais não me lembro era um filme de Tarzan contra os cinqüenta gorilas, na verdade eu vi só um, mais já dava para curtir o domingo.
Depois aprendemos a não comprar o bilhete de ingresso e negociávamos o valor com o lanterninha, dávamos o valor de um ingresso e entrávamos os 4, baita de um negocio. Durante vários meses vivi com meus amigos aprontando, éramos a turma do barulho mesmo, se acontecia um vidro quebrado da vizinha éramos nos, se alguém tinha sido atropelado era alguém de nos, se tinha sumido um cachorro, gato ou animalzinho de estimação éramos nos, qualquer coisa que acontecer sempre éramos nos, a fama cresceu por vários bairros. No Ano novo de 1968 já eramos homens quase adultos (Imaginem 10 anos), e precisamos agir como tal; esse 31 de Dezembro de virado para 01 de Janeiro de 1969, decidimos juntar as nossas mesadas de ano novo (só anos novo a gente recebia mesada) e ir a boca, na zona, na ZBM (zona de baixo meretrício) ouvimos aos adultos falarem sempre de lá, da mulherada, e as meninas de nossa idade não queriam dar pra nos, mesmo que por muitas vezes quando elas passavam pelo barrio a turma toda baixava as calças para mostrar cada um seu equipamento, nem assim as mocinhas se interessaram então decidimos ir a ZBM, eram já as 21:45 dava tempo de dar umas no local, quando chegamos ficamos surpresosde tanta gente passeando por ai parecia o calçadão do centro da cidade, e tinha muitos quartos em varios corredores do local e em cada porta aberta tinha uma "gatinha" eu me sentia que nem "Goku" dos desenhos animados atuais "Dragon Balls". Só tinha cada dragão que nem São Jorge iria a dar conta, mais já estamos ai e tínhamos ido a molhar o sucrilho, Walter me falou que eu negociara a primeira vitima inocente mulher, eu fui com Carlos entramos e vimos em cada porta uma mais pelada que a outra, nesse momento todas eram bonitonas a luz vermelha quase na escuridão qualquer prótese era aquele pernão e fuimos repetindo o que tudo mundo falava por ai : "Quanto", e a mulherada nos olhava e perguntava se tínhamos trazido nossa bóia, porque perigava nos, nos afogar e eu replicava que ainda ela não tinha visto nosso martelete e tínhamos que ganhar alguma moral, né ate que encontramos uma que ninguém pegava e caímos nessa foi quando ela nos comentou que era virgem, minha nossa essa era a nossa chance de sair do anonimato se mais não me lembro ela cobrava uns $60.00 da moeda existente na época e nos tínha juntado só $42.30 e ela diz que só por que era Ano Novo nos fazia um desconto, ai foi que saimos correndo para avisar ao resto da turma, e contámos que se tratava de uma virgem igualzinha a aquela tal de Marilym Monr... Sei lá que mais, entramos todos preparando para o primeiro ataque chegamos ao quarto 72 havia muito agito umas mulheres gritando papel, água, para o 58 era de loucura o movimento, para dar uma de final de ano, bom nos fomos ate o 72 onde estava aquela virgem e quando ela nos viu perguntou surpresa: são vocês 4 , eu respondi que sim ela diz que não dava que era pouco, que ela pensava que éramos só 2 tivemos que deixar como parte de pagamento nossos bonés. Entramos no quarto apertado e ela falou tirem as roupas ela já estava de calcinha e sutiã ficamos todos pelados e fomos para o primeiro round da luta me lembro que ela gritava ai, ai, ta doendo, agora penso será que alguém mordeu ela porque outra coisa não poderia causar dor aquela matrona velha que dizia ser virgem, as vezes ela falava que éramos mesmo uns avantajados, e acredite ate nos acreditamos nela, não deu nem vinte minutos e nos colocou fora, já chega porque éramos fenômenos demais, imagina e nos saímos felizes andando pela rua e comentando o fato de que tínhamos tirado a virgindade dela, no bairro foi o comentário do mês, essa foi nossa primeira relação sexual oficial sem registro em cartório. caminhávamos enturmados pelo bairro e tudo nos olhava ai estão os comedores os que não respeitavam virgindade nenhuma nem as da ZBM,olha foi uma fama danada. Passarão os anos assistindo ao vivo as mudanças sociais na época, governos militares, os hippies com tudo seu colorido, o nascimento das bandas de rock and roll originais do momento, já se comentava das preparaçõespara copa do mundial do México'70, se falava muito sobre a Guerra do Vietnam, me lembro que iniciavam a recrutar gente para ir a guerra do Vietnam muitas pessoas do bairro foram a embaixada americana para se inscrever ao exercito americano, os gringos precisavam de carne de canhão, não queriam enviar seus filinhos e davam a chance aos latinos oferecendo naturalidade para quem quizer ir a batalha a defender as cores da gringolandia, nem precisava falar o idioma, nem atirar. La te dava o teu armamento, e depois você se virava em cavoucar um buraco e se esconder ate a guerra acabar, claro que outros tomaram a serio e acabaram morrendo como carne de canhão, eu tenho um primo que foi a lutar na guerra; depois de muitos anos finalizada a guerra ele voltou a casa como tenente da marinha americana, heroi de guerra, hoje já deve ser Marechal, faz tanto tempo!. Foi ai no futebol que comencei a me interessar sob o Brasil. Antes só você conhecia tua terra como a única existente no mundo é o que educação local tenta te colocar no cérebro que ai é o maximo mesmo te fudendo.
Vida dura, os anos passavam e minha família começou a crescer acredito que meu pai não tinha noção nenhuma do que seria a camisinha e veio após de sete anos um filho traz de outro ate virar em 12 irmãos, uma vez perguntei a meu pai porque ele não parava de fazer tantos filhos mais ficou uma fera, eu na minha inocência achei que estava correto, mais quando os outros obtém o poder, não da em nada, um de meus irmão faleceu com uma broncopneumonia fulminante foi muito duro não se tinha muitas opções médicas e ficamos em 11 irmãos, os quais nos desenvolvíamos do jeito que for possível. Minha turma começou a ficar cada vez mais distante, a gente tinha que cuidar dos menores ajudar a mãe a cozinhar, lavar , passar, e cuidar dos péquenos, comecei a não ter mais tempo para sair, me dedicava ao colégio e a casa. Chegou o mundial de futebol mais esperado a grande novidade o time da minha terra tinha eliminado a Argentina, imagina como estava o país foram dias de muita gloria.
Meus caros amigos por hoje é isso, na proxima terça feira você terá a continuação desta historia, compartilhe com seus amigos, colegas e familiares vou estar esperando você neste mesmo horario e neste mesmo Blog.
Até a próxima
Geem.

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Uma Grande História